A ALEMANHA PREPARA-SE PARA CONQUISTAR A EUROPA… E DEPOIS O MUNDO?

Na passada 3ª feira terminou a fase regular de apuramento para o Campeonato da Europa a disputar na Polónia/Ucrânia.

  

Numa análise aos apurados, ressalta o facto de Espanha e Alemanha, terem sido as únicas equipas só com vitórias. A Holanda, quase também o conseguiu, perdendo com a Suécia no último jogo, para tristeza nossa.

 

A Alemanha, apresenta um futebol, que sem romper com o rigor que a caracterizou desde sempre, evoluiu para um patamar onde a criatividade também está presente, com destaque para o sector intermédio ofensivo da equipa (Ozil, Muller, Gotze, Podolski), bem complementado por laterais (Philipp Lahm e Agoo), que não descurando as suas funções defensivas, participam no processo ofensivo, contribuindo para uma criatividade claramente objectiva. No meio campo, dois médios centro, que fogem por completo à figura do panzer, constroem e equilibram com mesma eficiência, apresentando todos uma boa meia distância (Schweinsteiger; Kroos; Khedira).

O ponto fraco desta equipa reside precisamente na posição onde o perfil panzer ainda predomina. Os defesas centrais (Hummels e Per Mertesacker) destacam-se pela dimensão física do jogo, dominando o jogo aéreo. Revelam claras dificuldades quando são chamados a intervir junto ao chão e quando a bola é metida nas costas, o que se verifica com frequência, numa equipa que joga subida e que assume o jogo. A participação dos centrais na construção do processo ofensivo é outra das lacunas desta equipa. Badstuber é o central que mais elimina esta debilidade, embora também seja utilizado na lateral esquerda.

 

Nas áreas, Neuer foi o totalista, com 10 jogos. Na frente de ataque Mario Gomez, parece ter ganho a posição Klose. Schürrle está espreita, pelo que a maior dificuldade é escolher.

 

Analisando os jogadores em causa, consta-se que este grupo tem ainda um longo percurso, uma vez que:

• Apenas Klose já ultrapassou a casa dos 30 anos;

• Há grupo de 5 jogadores mais experiente (Philipp Lahm; Mertesacker; Khendira; Schweinsteiger; Gomez) mas que situa na casa dos 26/27 anos;

• O grosso do grupo encontra-se bem abaixo dos 24 anos, tendo sido Campeão da Europa de sub 21 em 2009 e participou na conquista do 3º lugar no último Mundial.

Este processo não surge de um dia para o outro. O que até nem combina com a mentalidade alemã. O seu inicio dá-se em 2000, quando a Federação desencadeia um projeto de formação, com envolvimento de todos os clubes profissionais por via constituição de academias de formação, como resposta à constatação da falta de jogadores de qualidade e os que existiam eram pouco criativos.

Devem de existir  poucos países no mundo do futebol, com tantos jogadores jovens de qualidade e com utilização efectiva  nas respectivas equipas de origem.

Hummels (22 anos/defesa central); Schmelzer (23 anos/defesa esquerdo); Bender (23 anos/médio central); Großkreutz (23 anos/médio lateral); Götze (19 anos/médio lateral/segundo avançado), foram dos elementos mais utilizados pelo Borussia Dortmund, campeonato alemão na época passada.

Para além dos já referidos, ficam alguns nomes para o futuro mas já com presença regular nas suas equipas de origem:

Guarda Redes

Kevin Trapp (21 anos / Kaiserslautern )

Marc-André ter Stegen (19 anos/Borussia Mönchengladbach)

Bernd Leno (19 anos/ Bayer 04 Leverkusen)

Baumann (21 anos/Freiburg)

 

Defesas

Jantschke (21 Anos/ Borussia Mönchengladbach)

Kirchhoff (21 anos/Mainz)

 

Médios

Holtby (21 anos/Schalke)

Draxler (18 anos/Schalke)

Rudy (21 anos/Hoffenheim )

Risse (21 anos/Mainz)

Gündogan (20 anos/B. Dortmund)

 

Avançados

Mlapa (20 anos/Hoffenheim )

Lasogga (19 anos/ Hertha Berlim)

Esswein (21 anos/Nurnberg)