No próximo sábado,
pelas 17.30 horas poderemos assistir à antestreia da final da Champions deste
ano.
Estruturalmente, as
duas equipas, optam por uma disposição semelhante 1-4-2-3-1.
Sob o ponto de vista
funcional, também são facilmente identificáveis semelhanças em algumas
dinâmicas de jogo. Ambas optam por uma dupla de médios centro, em que um deles
fica mais fixo, embora sem ficar preso ao lugar (Javi Martinez vs Bender). O
outro solta-se mais no apoio ao ataque (Schweinsteiger vs Gündogan). Os defesas
laterais são capazes de fechar o seu corredor e de atacar, fazendo-o com
critério (Lahm/Alba vs Piszczek/Schmelzer), contando com o apoio dos médios
laterais no processo defensivo, aspecto onde se deve realçar a evolução de
Ribéry.
Na segunda linha do
meio-campo, a dinâmica também é semelhante. Müller, na ausência de Kroos, e
Götze ocupam o corredor central unindo a zona de construção com a de
finalização. Em resposta aos movimentos interiores dos alas, promovem
trocas posicionais com estes ou em apoio na subida à linha do lateral visando o
cruzamento, numa dinâmica que nesta zona assenta quase sempre no passe vertical
a pedir uma desmarcação em diagonal ou vice-versa. Defensivamente, procuram
fechar os espaços, procurando manter o posicionamento da equipa preparando a
transição defesa-ataque, quer em condução, quase sempre pelas alas quer através
de passes verticais e em profundidade.
Ao nível do momento
defensivo, o Bayern destaca-se do Dortmund, evidenciado maior capacidade de
pressão sobre os espaços e sobre a bola em todas a zonas do campo, o que poderá
uma arma ser favorável aos bávaros, nomeadamente por via da recuperação da
posse de bola em zonas mais próximas da baliza adversária.
Outro dos aspectos a
destacar prende-se com a qualidade da posse de bola. Ambas as equipas
evidenciam uma elevada precisão e velocidade de execução das acções técnicas
base (passe, recepção, remate), jogando a 2 ou 3 toques, desenvolvendo um
futebol vertical e de grande objectividade, onde a organização deixa pouco
espaço para a criatividade e nenhum para o improviso. Desta condição deriva
outros dos aspetos que pode desequilibrar a balança para um dos lados,
nomeadamente a transição ataque-defesa. Se ao nível da qualidade na perda, as
equipas equivalem-se, na reacção à perda o Bayern mostra-se mais eficaz, uma
vez que o Dortmund mais do que manter as posições e pressionar, procura recuar
e organizar o posicionamento defensivo.
Sábado fica a primeira
amostra. A prova real só no dia 25 de maio. Quando a bola rolar, mesmo redonda.
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